O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse nesta segunda-feira (6/7) que outros setores podem ser beneficiados com medidas anticrise. Segundo ele, novas medidas visam ajudar pontualmente setores que sofrem com a crise, assim como foi feito na semana passada com as empresas fabricantes de máquinas e equipamentos.
Porém, os benefícios serão mais direcionados à facilidades na concessão de financiamentos do que na área fiscal - arma usada para ajudar setores como o automotivo e de eletrodomésticos da linha branca.
[SAIBAMAIS]Entre as medidas estudadas atualmente pelo governo, disse o ministro, estão o incentivo às exportações de pequenas e médias empresas e incentivos de financiamentos ao setor de vestuário.
Miguel Jorge rejeitou que mais medidas fiscais sejam anunciadas pelo governo. "[Está] Cada vez mais está difícil reduzir impostos", disse o ministro após a cerimônia de posse do novo presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, em São Paulo.
A dificuldade se encontra principalmente nas contas do governo. As desonerações, principalmente as implantadas no Imposto de Renda (IR) e no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)), e a queda natural da arrecadação devido à crise financeira fizeram com que o governo reduzisse sua meta de superávit primário de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Além disso, em maio o governo apresentou déficit primário de R$ 120 milhões, o pior desempenho em um mês de maio desde 1999.