Jornal Correio Braziliense

Economia

Arroz, feijão e carne ficam mais baratos e aliviam inflação para pobres

Os consumidores de baixa renda sentiram retração significativa nos preços de alguns dos itens mais importantes na cesta básica em julho. Os pricipais foram o feijão carioquinha (-42,24%), óleo de soja (-24,45%), tomate (-22,16%), feijão preto (-34,01%) e arroz branco (-15,24%). Entre junho e maio, a inflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor %u2013 Classe 1(IPC-C1) mostra recuo de 0,55 ponto percentual. Para julho e agosto, a expectativa é de alta por causa de reajustes nas tarifas de água, luz e telefônia fixa. O IPC-C1 mede a inflação para as pessoas com salários entre um e 2,5 salários mínimos, faixa de consumidores que tem na alimentação o principal elemento de despesas, o que representa 40% do orçamento. No acumulado do ano o índice ficou em 2,99% e nos últimos 12 meses, 4,35%. "Em maio, subiu muito por causa de preços adminsitrados. Houve também o aumetno de cigarros. Já no mês de junho, esses aumentos naõ estavam presentes", disse André Braz ao explicar a redução de 0,55 ponto percentual na inflação dos dois meses. Vilões Em contraposição à queda no preço de alguns alimentos, o IPC-C1 registrou alta acentuada em outros produtos. Os vilões nos últimos seis meses têm sido Leite Tipo Longa-Vida (36,37%), Batata-Inglesa (64,19%), Cigarro (21,81%), Tarifa de Ônibus Urbano (2,97%) e Aluguel Residencial (4,44%). O preço do leite tem sido o principal item a puxar a taxa para cima. "Quanto menos se ganha mais se gasta com alimento. Essa foi a única classe de despesa que registrou aumento entre maio e junho", afirma André Braz.