Empresas que fizeram acordo com sindicatos para reduzir salários e a jornada de trabalho dos empregados para enfrentar a crise econômica mundial podem ter se precipitado. A avaliação é do professor de economia da Universidade de São Paulo (USP), Arnaldo Mazzei Nogueira. Das 45 empresas da região do ABC Paulista que fecharam os acordos, nove já cancelaram a redução de jornada e salário em decorrência do aumento de demanda dos produtos.
%u201CA área de relações de trabalho tem que ter uma visão mais estratégica. Acho que as empresas se precipitaram e hoje estão assim ao sabor dos acontecimentos%u201D, disse Mazzei, em entrevista à TV Brasil.
A fábrica de faróis e lanternas automotivas Valeo, sediada em São Paulo, reduziu, no período mais agudo da crise, a jornada dos empregados em um dia por semana e os salário em 15%. Agora, voltou a funcionar normalmente, sem as reduções.
%u201CNo mês de maio, já tivemos uma recuperação de praticamente 90% da produção. No mês de junho, contratamos mais 40 pessoas para fazer o programa das montadoras e agora, em julho, é provável que tenhamos que fazer mais contratações para cumprir o programa%u201D, explicou o diretor do departamento de Recursos Humanos, Francisco Cuesta.