Os preços do petróleo retrocederam nesta quarta-feira (1°/7) após a divulgação do aumento dos estoques de gasolina nos Estados Unidos, reforçando os temores sobre a demanda fraca.
[SAIBAMAIS]Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril de petróleo fechou em queda de 0,83%, aos US$ 69,31, em relação ao fechamento anterior.
Na Bolsa Intercontinental de Futuros (Ice, na sigla em inglês), o preço do barril do petróleo brent caiu hoje 0,73% e fechou a US$ 68,79.
Ainda que os preços tenham subido durante a sessão até os US$ 71,32 em Londres e aos US$ 71,85 em Nova York, cederam os ganhos ante os números das reservas de petróleo dos EUA.
O Departamento de Energia (DoE) decepcionou os operadores ao divulgar que as reservas do petróleo caíram em 3,7 milhões de barris, apesar de um estudo do Instituto Americano de Petróleo (API) informar uma queda de 6,9 milhões de barris. Essa foi a quarta queda semanal seguida, segundo o DoE. Mais incômodo, no entanto, foi o dado sobre os estoques de gasolina, que aumentaram em 2,3 milhões de barris, para 211,2 milhões de barris. A previsão dos analistas era de um avanço um pouco menor, de 1,9 milhão de barris. Já as de produtos destilados avançaram 2,9 milhões de barris, para 155 milhões de barris, contra previsão de alta de 1,6 milhão de barris. O API esperava que as reservas se mantivessem estáveis.
"Apesar de o mercado estar sustentado até agora pela gasolina, há três semanas temos registrado aumentos sistemáticos das reservas de gasolina. É muito negativo para as margens das refinarias", disse Christophe Barret, analista na Calyon.
Em relação ao ritmo de produção, as refinarias americanas mantiveram índices praticamente estáveis, passando de 87,1% da capacidade instalada na semana retrasada para 87% na semana passada. "As refinarias não sabem o que fazer com tanta gasolina", concluiu Barret.