O diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita reafirmou nesta quarta-feira (1°/7), em Belo Horizonte, que a instituição vem tendo êxito em manter os níveis de inflação em linha com as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A expectativa do BC é de que a inflação encerre o ano com uma variação de 4,1%, abaixo do centro da meta para o ano, que é de 4,5%. Para 2010, a taxa de inflação estimada pelo BC é de 3,9%, embora o centro da meta esteja mantido em 4,5%. "O sistema (de metas de inflação) está se consolidando cada vez mais no país", disse ele.
Durante a apresentação feita hoje na sede do BC na capital mineira, Mesquita destacou que a acumulação de reservas foi um dos principais pilares que permitiram ao Brasil alcançar o nível de grau de investimento pelas agências de classificação de risco além de possibilitar a superação da crise financeira internacional. "É possível que o Brasil tenha novas melhoras de rating antes do final do ano, exatamente por ter mostrado resiliência durante a crise", afirmou
[SAIBAMAIS]O BC chegou a interromper a política de acúmulo de reservas no início da crise financeira internacional, mas voltou a comprar dólares no mercado a partir do início de maio. "A acumulação de reservas continua, não temos limite preestabelecido para o volume e vamos continuar comprando, enquanto considerarmos (que a aquisição) ajuda a economia e a torna mais resistente à crise" disse ele
Mesquita apresentou hoje dados sobre o Índice de Desempenho da Atividade Econômica Regional (IBCR), que apurou uma queda de 5% entre os meses de setembro do ano passado e abril deste ano, em função do agravamento da crise. Os Estados que mais sofreram com a retração da atividade econômica foram o Espírito Santo (-11 7%) e Minas (-8,3%). De acordo com ele, pode ser atribuída às oscilações do setor extrativo mineral. "O piso da atividade econômica provavelmente ocorreu no final do ano passado e estamos vendo uma tendência gradual de recuperação em todo o País", afirmou