Jornal Correio Braziliense

Economia

Aplicações conservadoras foram as mais rentáveis do mês

As aplicações de perfil mais conservador premiaram os investidores num mês de inflação mais baixa ou mesmo deflação, de acordo com o índice de preços, enquanto Bolsa e dólar voltaram ao posto de piores retornos no período. Os fundos de investimento do tipo Renda Fixa e DI permitiram retorno, em média, de 0,70% e 0,68%, segundo os cálculos da Associação dos Bancos de Investimentos (Anbid), considerando os dados fornecidos até o dia 25. Já a caderneta de poupança legou ao investidor um retorno de 0,56%. [SAIBAMAIS]Essas aplicações conseguiram bater a inflação do período, que foi de 0,38%, se medida pelo IPCA-15, que leva em conta os preços de um cesta de consumo para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos. Pelo IGP-M, utilizado para o reajuste dos contratos de aluguel, houve deflação de 0,10% em junho. A Bolsa de Valores teve um dos piores retornos do período: o índice Ibovespa, "benchmark" para boa parte dos fundos de renda variável no varejo bancário, teve oscilação de -3,25%. Somente não foi pior do que a oscilação do ouro, com rentabilidade negativa de 5,71% (a referência é o contrato negociado na BM). Já a moeda americana ficou 0,30% mais barata no mês de junho, contaminando a rentabilidade dos fundos cambiais. Semestre A Bolsa de Valores ainda é com folga o investimento de melhor retorno se levado em conta o acumulado deste ano: no semestre, a variação do índice Ibovespa é de 37,06%. Pelos cálculos da Anbid, os fundos de Renda Fixa tiveram rentabilidade de 5,55% no mesmo período, enquanto os fundos DI propiciaram retorno de 5,36%. Para os fiéis à caderneta de poupança, o ganho acumulado é de 3,58%. Ouro e dólar continuam na "lanterna" de um virtual ranking de investimentos: a taxa de câmbio já desvalorizou 15,85% entre janeiro e junho, enquanto a cotação da commodity metálica recuou 7,11% nos seis meses.