O Banco para Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla em inglês, conhecido como "banco central dos bancos centrais") prevê que a concessão de créditos cairá mais nos períodos iniciais da recuperação, e considera que o processo de ajuste está longe de ter terminado, segundo o relatório anual da instituição, divulgado nesta segunda-feira.
No documento, o BIS informou que "o constante aumento do custo de crédito para as pessoas que fazem empréstimos devido à maior incidência de falta de pagamentos indica que o processo de ajuste está longe de ter terminado".
[SAIBAMAIS]Acrescentou que "cabe prever que a concessão de créditos continuará contraindo durante os períodos iniciais da eventual recuperação".
O BIS destacou o caráter internacional da crise financeira e econômica atual, o que a diferencia de outras recentes. "Os problemas do setor financeiro foram particularmente arraigados e ocorreram de forma sincronizada em todas as economias industriais", segundo o BIS.
"A desaceleração econômica teve alcance mundial. Isso indica que a crise atual pode ser mais prolongada e sua recuperação pode demorar mais que em crises anteriores", advertiu.
O BIS realizou sua assembleia geral anual, com a presença de governadores ou outros representantes dos 55 bancos centrais com direito a voto que integram o BIS, que é a instituição financeira internacional mais antiga do mundo.