Jornal Correio Braziliense

Economia

Mercado cota dólar por R$ 1,939, baixa de 0,66%, nas últimas operações

Pelo segundo dia, a moeda americana ficou mais barata no mercado de câmbio doméstico, em que os agentes financeiros operaram sob expectativa dos dólares que devem ingressar no país por conta da operação da Visanet. Nas últimas operações desta sexta-feira (26/6), o dólar comercial foi vendido por R$ 1,939, o que representa um decréscimo de 0,66% sobre a cotação de ontem. E na praça paulista, o dólar turismo foi negociado por R$ 2,050, em uma baixa de 0,48%.

Até o ano passado, o lançamento de ações foi um dos principais chamarizes para atrair investidores estrangeiros. Em seu prospecto de venda, a Visanet projetava que os estrangeiros ficariam com 80% da oferta. A empresa levantou R$ 8,397 bilhões com o lançamento de ações, no maior IPO (lançamento inicial de ações, na sigla em inglês) já feito no país.

O Banco Central entrou no mercado à vista em horário bem mais cedo que o habitual --desta vez, entre 10h47 e 10h57-- aceitando ofertas por R$ 1,9390 (taxa de corte). Profissionais de mercado têm destacado que as intervenções diárias contribuíram para segurar os preços da moeda americana em torno dos R$ 2.

A oscilação das reservas internacionais sinaliza a magnitude da ação do BC no câmbio: entre o final de maio o dia 24 (última atualização), o nível foi de US$ 205,576 bilhões para US$ 206,488 bilhões.

A autoridade monetária revelou hoje suas projeções para a inflação e o crescimento do país, durante a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação, em Brasília. O BC revisou a projeção de crescimento da economia em 2009 de 1,2% para 0,8%, advertindo que o recente relaxamento da política monetária deve ser sentido com mais força no segundo semestre. Para a inflação, a expectativa para 2009 subiu de 4% para 4,1%, e a estimativa de 2010 caiu de 4% para 3,9%.

Juros futuros
As taxas de juros previstas no mercado futuro da BM voltaram a cair nos contratos de prazo mais longo. No contrato que projeta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista cedeu de 8,78% ao ano para 8,75%; para janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 10,03% para 9,92%.