A queda do tráfego aéreo internacional de passageiros se estabilizou em maio, anunciou nesta quinta-feira (25/06) a Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês), com uma redução da demanda de 9,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Diante deste dado, o órgão declarou que "as quedas podem ter alcançado um máximo", pois embora a redução seja maior que a de abril (3,1%), é menor que a de março, quando a procura de voos internacionais diminuiu 11,1%, mesmo após o ajuste de dados devido às distorções causadas pela Semana Santa.
[SAIBAMAIS] Apesar da redução de 5% da capacidade da frota em maio, a ocupação aérea chegou a 71,2%, contra 74,5% do mesmo mês do ano anterior.
O tráfego aéreo internacional de mercadorias diminuiu 17,4%, o que a Iata qualificou de "uma melhora relativa" em comparação com a redução de 21,7% de abril.
"Desde dezembro de 2008, a demanda de carga esteve se movimentando em torno de 20%. Este é um dos primeiros indícios da recuperação econômica prevista nos mercados de valores", disse a associação.
O diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani, reconheceu que o setor pode ter "chegado ao fundo do poço". No entanto, ressaltou que está "muito longe da recuperação".
"Depois da queda de 20% na receita de transporte internacional de passageiros no primeiro trimestre, estimamos que a baixa tenha aumentado até 30% em maio. Esta crise é a pior que vivemos", explicou.
Além disso, maio foi o primeiro mês a refletir as consequências da gripe suína, com uma queda de 40% no tráfego aéreo no México e de 9,2% na América Latina, do qual a Iata acredita que 1% se deve ao impacto da doença.
A procura de voos internacionais às companhias da Ásia e do Pacífico desceu 14,3%, enquanto na América do Norte a baixa foi de 10,9% e no Oriente Médio, de 9,5%.
Na Europa, a emissão de passagens aéreas diminuiu 9,4% em maio, e na África, 6%.