As Bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira (24/06), após as quedas acentuadas vistas ontem. Os investidores se animaram no dia em que o Fed (Federal Reserve, o BC americano) fará o anúncio de sua decisão sobre a taxa de juros (hoje em uma margem de variação entre zero e 0,25%).
A Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,02%, com 2.922,30 pontos no índice Shanghai Composite; a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,43%, com 9.590,32 pontos no índice Nikkei 225; a Bolsa de Hong Kong teve alta de 2,02% no índice Hang Seng, que ficou com 17.892,15 pontos; a Bolsa de Seul subiu 0,24%, para 1.363,79 pontos no índice Seoul Composite; e, pela região, a Bolsa de Sydney (Austrália) teve alta de 0,24%, indo para 3.802,20 pontos no índice All Ordinaries.
A expectativa do mercado financeiro é de que o Fed manterá os juros no patamar atual. A atenção dos investidores, na verdade, estará voltada para o comunicado do banco, no qual vão procurar sinais de qual poderá ser a direção que o banco tomará para ajudar a tirar a economia americana da recessão.
Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu o trabalho do presidente do Fed, Ben Bernanke, à frente da instituição, ao considerar que fez um "trabalho notável em condições muito difíceis" e disse que a instituição se saiu melhor que a maioria dos órgãos reguladores do mercado financeiro.
No último dia 17, Obama apresentou uma proposta de reforma do sistema de regulação do mercado financeiro. A proposta inclui a concessão de mais poderes ao Fed para fiscalizar instituições financeiras que possam colocar em risco o sistema financeiro como um todo, caso quebrem. "O Fed não pode sinalizar que [a economia americana] já está livre de problemas, mas também não quer sinalizar que as coisas ainda estão difíceis. Eles precisam encontrar uma sintonia bastante fina", disse o economista Thomas Lam, do United Overseas Bank em Cingapura.
Hoje a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) informou que a recuperação econômica global está a caminho, mas será frágil, e destacou que "o pior cenário parece ter sido evitado". Nesta semana, o Banco Mundial também divulgou previsões sobre a economia mundial - a expectativa do banco é de uma contração de 2,9%. A previsão provocou perdas nos mercados de ações no mundo todo.