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Economia

Bilhetes aéreos promocionais embutem gastos altos com taxas

Um novo modelo de venda de passagens está em vigor nas companhias aéreas. Quando o consumidor seleciona o trecho de viagem, em vez de aparecer apenas uma opção de tarifa, surgem opções de bilhetes com variados preços para a mesma data, horário e destino. A diferença são as vantagens e as restrições. A menor tarifa possui maiores valores de reembolso, remarcação e por não comparecimento. Já os bilhetes de maior valor são mais flexíveis, com taxas de serviços reduzidas ou até mesmo isenção. Outra variação é quanto mais barata a tarifa, menos milhas o cliente pontua. O consumidor deve ficar atento a essa nova realidade. Caso contrário, a isca da passagem barata pode acabar saindo cara se o passageiro precisar fazer alterações. Por isso, é importante fazer as contas, analisar a probabilidade de ter de alterar a data da viagem antes de optar por uma classe de tarifa. Também é imprescindível ler o contrato para não ser surpreendido, principalmente em promoções relâmpago, que oferecem bilhetes com preços baixos, porém com mais restrições. A administradora Tatiana Luz, que viaja frequentemente para o Rio, observou que algumas empresas oferecem valores distintos para um mesmo trecho. "Aparecem passagens com R$ 100, R$ 200 de diferença, como se alguém fosse comprar a mais cara", comenta. "Quem é que vai escolher uma passagem com valor maior se é possível comprar por menos", questiona. Quando vai adquirir algum bilhete, Tatiana vai direto no menor preço. A gerente de loja Gisele Oliveira também não havia atentado para as restrições dos diferentes tipos de tarifas, mas passará a ler as restrições antes de concluir a compra. "Sempre comprei só pelo preço. Agora, vou olhar, senão, o barato pode sair caro", observa. Ela está passando por um dilema para remarcar o bilhete que comprou pelo preço promocional de R$ 135 para Salvador este mês, para ir a uma audiência. Como a data do seu compromisso foi alterada, ela preferiu pagar uma "multa" de R$ 40 por trecho e pedir o reembolso do restante do valor. "Para remarcar, só achei passagens por R$ 958 (ida e volta). Teria que pagar mais de R$ 700 de diferença, o que é um absurdo. Pedi o reembolso e vou esperar para ver se o preço baixa", conta. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense