Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa fecha em alta de 0,64%, aos 49.813 pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuperou parte do terreno perdido com a forte queda de ontem, com investidores aproveitando ações a preços vistos como atrativos. Em nove de 16 dias úteis neste mês, a Bolsa fechou em baixa. Nos EUA, a Bolsa de Nova York não escapou do terreno negativo. A taxa de câmbio doméstico concluiu o dia em R$ 1,98. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ganhou 0,64% no fechamento, aos 49.813 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,98 bilhões. O volume de hoje foi inflado pelos R$ 2,56 bilhões movimentados pela Opa (oferta pública de aquisição) para ações da Brasil Telecom e Brasil Telecom Participações. [SAIBAMAIS]"O mercado estava num processo de realização de lucros [venda de papéis valorizados] que já durava quase um mês e algumas ações ficaram com preços bem deprimidos. O que ocorreu hoje foi o que o se chama de "recuperação técnica´", José Carlos Oliveira, operador da corretora Senso. O profissional, espelhando uma avaliação corrente no mercado, também espera que o período de realização de lucros se estenda por mais alguns dias. Analistas têm sugerido que a Bolsa poderia chegar até a 47 mil pontos, antes de retomar a tendência de alta vista nos meses de abril e maio, possivelmente no início de julho. Esse processo de embolsar os ganhos passados está claramente sinalizado no fluxo de investimentos estrangeiros para a Bolsa brasileira. Após quatro meses de saldos positivos, as vendas de ações já superam as compras por R$ 1,5 bilhão neste mês. Julho será fundamental para a definição dos rumos das Bolsas de Valores: além da habitual bateria de indicadores econômicos, começam a sair os números relativos aos balanços de bancos e empresas no segundo trimestre. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,982, em baixa de 2,07%. A taxa de risco-país marca 307 pontos, número 0,64% abaixo da pontuação anterior. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, a entidade privada Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em inglês) informou que as vendas de casas usadas nos EUA cresceram 2,4% em maio sobre abril. Os preços dos imóveis também mostraram recuperação --3,4%-- mas ainda estão 16,8% abaixo dos patamares de 2008 para o mesmo período. A Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que a segunda estimativa da inflação de junho apontou variação de 0,07%, pela leitura do IGP-M, índice de preços utilizado em geral para o reajuste dos contratos de aluguel. Ainda no front doméstico, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) registrou uma taxa de desemprego de 15,3% em maio, sem alteração sobre a taxa de abril. O contingente de desempregados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas --Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo-- no mês passado foi estimado em 3,298 milhões de pessoas, 41 mil a mais do que no mês anterior. E o órgão oficial de estatísticas chinesas divulgou uma estimativa de 8% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) local no segundo trimestre deste ano, ante uma variação de 6,1% visto nos três primeiros meses deste ano.