A crise econômica forçou muitas empresas britânicas a recorrer a uma "dramática" reestruturação de seus negócios, com o congelamento de contratos e salários, segundo um estudo da CBI (Confederação da Indústria Britânica, na sigla em inglês).
O estudo, que ouviu cerca de 700 companhias no Reino Unido e que foi divulgado nesta terça-feira (23/06), indica que as empresas reduziram despesas e muitas das horas-extras oferecidas a seu pessoal.
[SAIBAMAIS] Segundo a CBI, que realizou sua pesquisa junto à agência de empregos Harvey Nash, um quarto das empresas planeja que parte de seu trabalho seja feita do exterior, em países onde a força de trabalho é mais barata, especialmente em setores como ciência, alta tecnologia e informática.
"Essa foi uma recessão particularmente dura, mas um de seus aspectos mais positivos e surpreendentes foi o compromisso de muitas das empresas e seu pessoal de trabalhar juntos para tentar cortar custos e salvar postos de trabalho", assinalou o subdiretor-geral da CBI, John Cridland.
"O mercado de trabalho flexível do Reino Unido demonstrou ser um importante ativo durante estes momentos de provação", acrescentou.
A recessão que o Reino Unido atravessa causou um grande aumento do desemprego, que se situa em torno dos 2,2 milhões de pessoas, mas alguns analistas acreditam que pode chegar aos 3 milhões no final do ano. Dados divulgados no último dia 17 pelo ONS (Escritório Nacional de Estatísticas, na sigla em inglês) mostraram que o índice de desemprego no país aumentou 7,2% entre fevereiro e abril.
Tanto a taxa de desemprego como a quantidade de desempregados no Reino Unido registram os maiores níveis desde 1997.