A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra perdas nos primeiros minutos de negócios desta quarta-feira (17/06). Analistas salientam que ficou realmente para trás o período de "euforia" e que o mercado tende a ficar cada vez mais cauteloso, com investidores procurando aplicações mais defensivas e com muito menos apetite por risco. A taxa de risco-país marca R$ 1,97.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, perde 1,05%, aos 50.669 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 1,59%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,978, o que representa um acréscimo de 0,61% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 291 pontos, número 1,74% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA revelou que a inflação medida pelo CPI (Índice de Preços ao Consumidor, na sigla em inglês) foi de 0,1% em maio, após um período de estabilidade em abril. O núcleo do índice (que exclui os preços de alimentos e energia) teve a mesma variação, alta de 0,1%.
No setor imobiliário, a MBA (Associação de Bancos de Hipoteca, na sigla em inglês) informou que o número de pedidos de hipoteca nos Estados Unidos registrou queda de 15,8% na semana encerrada no último dia 12. Trata-se do pior desempenho desde 21 de novembro do ano passado.
No front doméstico, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas apontou que a inflação no município de São Paulo foi 0,19% na segunda quadrissemana de junho - 30 dias até 15/06 -, abaixo do 0,23% verificado na abertura do mês, pela leitura do IPC.
O mercado aguarda para as próximas horas a divulgação dos estoques americanos de petróleo e derivados, bem como os detalhes sobre o novo plano de regulamentação para o sistema financeiro dos EUA, notícia esperada com alguma apreensão por analistas e investidores.