As Bolsas europeias operam em baixa nesta quarta-feira (17/06). Os investidores preferiram hoje vender papeis e ficar com os lucros acumulados, devido ao temor de que as expectativas de recuperação da economia global tenham elevado demais os valores das ações.
Às 8h32 (em Brasília), a Bolsa de Londres operava em baixa de 0,74% no índice FTSE 100, aos 4.296,52 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 0,62% no índice DAX, para 4.860,39 pontos; a Bolsa de Zurique tinha baixa de 0,63%, ficando com 5.343,26 pontos no índice Swiss Market; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 1,78% no índice AEX General, aos 252,44 pontos; a Bolsa de Paris caía 0,98% no índice CAC 40, para 3.182,33 pontos; e a Bolsa de Madri caía 1,59%, para 968,86 pontos no índice Madrid General.
Ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou que a economia dos Estados Unidos crescerá de uma maneira mais sólida que o previsto até agora, com uma forte recuperação da recessão em meados de 2010. Além disso, o G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), após encontro no sábado (13/06), apontou para indícios de estabilização na crise econômica e financeira mundial.
Mesmo assim, tanto o Fundo como o G8 destacam os riscos ainda presentes para a retomada do crescimento econômico global. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse ontem que a economia mundial ainda terá de lidar com o pior da recessão mundial. "A posição [do G8] é de que já estamos vendo alguns sinais verdes [na economia], mas, mesmo assim, temos de ser cautelosos (...) A maior parte do pior momento da crise ainda não ficou para trás." O próprio G8, apesar da visão razoavelmente otimista, alertou que "a situação se mantém incerta e persistem riscos significativos para a estabilidade econômica e financeira".
Os investidores aguardam hoje a apresentação dos detalhes para a reforma do sistema regulatório do mercado financeiro nos Estados Unidos. Ontem, o presidente americano, Barack Obama, anunciou que uma única agência deverá ser encarregada da função de regular os grandes bancos.
Além disso a proposta de reforma deverá incluir a extensão dos poderes do Fed (Federal Reserve, o BC americano), a abertura para que o governo possa fechar ou desmembrar empresas do setor financeiro e a criação de um órgão para fiscalizar produtos financeiros voltados para pessoas físicas, segundo já publicou a imprensa americana.
O Fed, comandado por Ben Bernanke, passará a ter poder para operar como um "regulador de risco sistêmico", com autoridade para supervisionar instituições suja quebra poria em risco todo o sistema financeiro.