Jornal Correio Braziliense

Economia

Brasil importou crise que não era sua por excesso de solidariedade dos banqueiros, diz Delfim Netto

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O ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto disse que o Brasil importou uma crise que não era sua por excesso de solidariedade dos banqueiros do país em seguir o restante do mundo e cortar os créditos s empresas. Segundo ele, houve também uma ação atrasada do Banco Central, que não ofereceu o conforto que poderia ter dado naquele instante. Meu sentimento é que nós importamos a crise dia 16 de setembro. O Brasil é um país com um sistema financeiro rígido, com mercado externo relativamente fechado. O Brasil não precisava ter importado essa crise, disse Delfim Netto em entrevista Agência Brasil e ao Repórter Brasil, que vai ao ar na noite de hoje (16) pela TV Brasil, Para Delfim Netto, a crise econômica não vai gerar muitas preocupações para os candidatos s eleições presidenciais do próximo ano por acreditar que o Produto Interno Bruto (a soma de bens e serviços produzidos no país) vá apresentar um crescimento de até 4% em 2010, afastando definitivamente os vendedores de óleo de cobra que costumam aparecer em épocas de crise como solução para todos os problemas. O cenário para o ano que vem é que, na eleição, vamos estar rodando a 3,8% a 4%. Isso é uma coisa interessante porque significa que o Brasil vai se libertar. Se você fizesse a eleição num processo recessivo, os vendedores de óleo de cobra, que são o remédio que trata desde unha encravada até câncer, iriam abundar no Brasil, fazendo um estrago danado. Crescendo como eu acho que vai estar crescendo, só vão sobrar realmente os candidatos viáveis e razoáveis, disse ele. Delfim disse que que o momento crítico da crise passou pelo Brasil no quarto trimestre do ano passado e a economia agora já está dando sinais de recuperação. E destacou o pré-sal como uma das vantagens do país para superar a crise mundial. O pré-sal é uma mudança completa. O que abortava o crescimento do Brasil e o que sempre abortou era ou crise de energia ou crise em contas correntes. O pré-sal resolve os dois ao mesmo tempo. Está a 300 quilômetros da praia e a seis mil metros de profundidade. Mas sabemos como ir até lá, ressaltou. Confira em instantes a entrevista completa com o economista Delfim Netto no Repórter Brasil ,s 21 horas, e na Agência Brasil