De olho num segmento de mercado cada vez mais fortalecido, as micro e pequenas empresas brasileiras, os bancos públicos decidiram elevar o limite de crédito e reduzir a taxa de juros para o setor. O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (15/06) que está elevando o seu limite de crédito para linhas oferecidas a 303 mil micro e pequenas empresas. Isso deve significar mais R$ 11,6 bilhões para 45% de seus clientes.
Na semana passada, a Caixa Econômica reduziu a taxa de juros de dez modalidades de financiamento para pessoa jurídica. No GiroCaixa, por exemplo, a redução da taxa máxima chega a 16,42% para o segmento de micro e pequena empresa. Essa é a sexta vez no ano que o banco reduziu taxas das operações comerciais. Os novos valores passam, a vigorar a partir desta segunda-feira (15/06) em todas as agências bancárias da Caixa.
Segundo a assessoria do Banco do Brasil, a ampliação do limite de crédito vai permitir que os empresários aumentem o seu capital para comercialização, impulsionando a economia e favorecendo a geração de emprego e renda. "Os novos limites para operações com recebíveis permitem que essas empresas incrementem seu capital de giro com agilidade", avaliou o BB.
De acordo com o Banco do Brasil, a carteira de crédito da instituição para micro e pequenas empresas somou R$ 37,4 bilhões no fim de março. Com a ampliação do limite de crédito anunciado nesta segunda-feira, essa carteira poderá avançar para até R$ 49 bilhões nos próximos anos. Em 12 meses até março deste ano, a carteira de crédito para micro e pequenas empresas cresceu 45 7%.
Já a Caixa diz que fez uma ;análise do comportamento das curvas de juros futuras; e decidiu reduzir as taxas de vários produtos, Segundo o vice-presidente de Finanças da instituição, Márcio Percival, as novas taxas irão contribuir para a expansão do crédito e do consumo, medidas necessárias para a retomada dos níveis de crescimento, emprego e renda. A Caixa também anunciou a redução de juros de oito linhas voltadas para pessoa física.
Pessoa física
Os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial e no empréstimo pessoal caíram em junho, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo, divulgada nesta segunda-feira. Foi o sexto mês consecutivo de queda nas taxas.
Foram pesquisadas dez instituições: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.
No cheque especial, a taxa média cobrada pelos bancos passou de 8,89%, em maio, para 8,87%, em junho. No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados ficou em 5,52%, inferior aos 5 57% cobrados no mês anterior.
Grande parte das micro e pequenas empresas do País ainda financiam o capital de giro com cheques especiais, cartões de crédito e até mesmo empréstimos pessoais.