As ações brasileiras são negociadas com perdas na jornada desta segunda-feira (8/6) na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Analistas avaliam que, num dia de agenda econômica esvaziada, o mercado deve se dedicar à chamada realização de lucros (venda de papéis valorizados). Há alguma ansiedade pelos indicadores previstos para amanhã e quarta-feira: o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e o resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Num momento de maior nervosismo, a taxa de câmbio bate R$ 1,97.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, desvaloriza 0,95%, aos 52.834 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,16 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,07%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,978, em um avanço de 1,02% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 273 pontos, número 1,11% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, do Banco Central, revelou que a maioria dos economistas do setor financeiro projeta que a taxa Selic atinja 9,50% ao ano na reunião desta semana do Copom. A taxa atual é de 10,25%. A previsão para a taxa básica em dezembro foi mantida em 9%.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o nível de emprego na indústria caiu 0,7% em abril, na comparação com março. Trata-se do sétimo recuo consecutivo desse indicador. O Grupo Pão de Açúcar anunciou nesta segunda-feira a compra da rede Ponto Frio por R$ 824,5 milhões (R$ 9,4813 por ação). Com esta aquisição, o Pão de Açúcar reassume a liderança do varejo brasileiro, que havia perdido para o Carrefour. Economistas do setor financeiro estimam que o IBGE mostre amanhã que o PIB retraiu até 2,8% (taxa anualizada). O Copom começa a se reunir amanhã e divulga na quarta-feira a nova taxa básica de juros do país, hoje em 12,25%. O mercado está dividido entre um ajuste para 9,50% (maioria) e 9,25%.