O barril de petróleo subiu 4,1% ontem na Bolsa de Nova York, estimulado pela primeira queda, desde janeiro, dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA. O barril para entrega em julho fechou a US$ 68,81, mas chegou a ser negociado a US$ 69,60 -o maior valor em sete meses. A alta compensou a queda de 3,54% da véspera.
Em meio a difusos sinais de recuperação econômica -como leves melhoras na indústria e no setor de serviços dos EUA- e crente em um subsequente aumento da demanda por combustível, o Goldman Sachs elevou ontem sua estimativa para o preço do petróleo. Segundo o banco, o barril deverá atingir US$ 85 ao fim do ano, e não os US$ 65 previstos antes. No fim de 2010, deverá ser cotado a US$ 95.
"O recente rali nos preços do petróleo está prestes a acontecer, mas seu primeiro estágio será acompanhado por recuperação na atividade econômica", afirmou o banco, em nota.
O Goldman afirmou que espera mais aumentos nos preços do petróleo na segunda metade de 2009, à medida que a economia se estabilize e a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) mantenha o corte na oferta da commodity.
No Senado americano, o administrador de fundos Michael Masters voltou a reclamar que o Congresso não tem feito o suficiente para conter as especulações. "Como resultado, nada previne outra "bolha" nos preços do petróleo em 2009. Na verdade, há sinais de que ela já está começando a aparecer." Em julho de 2008, o barril chegou ao recorde de US$ 147, antes de cair para US$ 32,40 em dezembro -o menor patamar em quase cinco anos.