Jornal Correio Braziliense

Economia

BID vê retomada do crescimento dos EUA no fim do ano

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O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o colombiano Luis Alberto Moreno, afirmou hoje no México que, diante da conjuntura de crise econômica atual, "a grande pergunta é saber a que taxa a economia americana voltará a crescer". Moreno disse em entrevista à Radio Fórmula que, a esta altura do ano, "há um consenso geral" que, "já começam a aparecer alguns focos de recuperação, como é o caso das vendas de imóveis nos Estados Unidos". "Tenho certeza de que, no final deste ano, vamos ver uma situação muito mais clara na economia americana", acrescentou. O representante do BID, que esta manhã se reuniu com o presidente mexicano, Felipe Calderón, elogiou o modo como o líder enfrentou desafios como a epidemia de gripe suína e a recessão econômica no país, que, para 2009, apresenta uma previsão de contração da economia de 5,5%. "Não é fácil (...), mas acho que, felizmente, a economia mexicana vem de uma situação de força reconhecida hoje em dia pela comunidade financeira internacional", disse. Moreno disse ainda que o BID conseguiu "praticamente triplicar os montantes dos recursos que anteriormente emprestava", para oferecer apoio aos países do continente americano em tempos difíceis. "Neste ano, vamos fazer um número de crédito recorde com o México de US$ 3 bilhões." O responsável do BID afirmou que o México, como muitos outros países, enfrenta uma "crise importada" que chegou da Europa e dos EUA e que, para conduzi-la, é preciso aumentar os níveis de endividamento, a fim de poder impulsionar medidas contra a crise. Crime Em relação à luta contra o crime organizado empreendida por Calderón e, "como colombiano", Moreno disse que não era tarefa fácil, como também não foi em seu país. "O narcotráfico significou à Colômbia um problema muito grande de crescimento, de sua imagem internacional, que até agora está começando a recuperar", acrescentou. "Acho que o México vai poder (...) vencer todas estas forças do narcotráfico muito antes do que a Colômbia, porque parte de uma posição de maior força."