A indústria automotiva teve nova retração nas vendas nos Estados Unidos em maio, ainda que GM (General Motors) e Chrysler tenham registrado seus melhores resultados neste ano, e a Ford desde julho do ano passado. A recuperação da confiança também favoreceu o resultado da Toyota.
A GM, que acaba de recorrer à proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à recuperação judicial, no Brasil--, informou queda de 29% em maio ante o mesmo mês de 2008 nos EUA. Em relação a abril, as vendas subiram 11%, o que representa "o melhor resultado mensal desde o início de 2009", segundo a empresa.
A Chrysler, por sua vez, reportou queda de 30% nas vendas em maio, em dados anualizados e ajustados aos dias trabalhados. A empresa, que também se declarou em concordata, vendeu 79.010 veículos no mês passado.
O grupo definiu abril como o mês de "transição", já que se encontrava sob supervisão judicial, a qual pretende deixar em breve. A Chrysler registrou recuo mais forte nas vendas de utilitários, de 57%, do que nas de veículos pesados (43%).
Segundo a Chrysler, maio foi seu "melhor mês" do ano, devido à recuperação da confiança dos consumidores e a uma política comercial agressiva.
A montadora americana Ford informou vendas 24% menores em maio, na comparação com idêntico mês do ano passado. Sobre abril, houve um incremento de 20%. A Ford é a única entre as três gigantes do setor automobilístico americano que não está em recuperação judicial.
Já a japonesa Toyota teve retração de 38% nas vendas em maio, com a distribuição de 152.583 veículos no mercado dos EUA. Em comunicado, a fabricante destacou que a cifra representa um avanço de mais de 20% em relação ao nível de vendas de abril "O grande salto na confiança das famílias em maio se traduziu em ganhos para as vendas de veículos em relação a abril", afirmou Don Esmond, um dos dirigentes da Toyota na América do Norte, em comunicado.