O brasileiro acredita que o País ainda vive os efeitos da crise financeira, mas está mais otimista do que no início do ano. Esta leitura pode ser tirada dos dados da pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje. O levantamento mostra que cresceu de 38,7% em março para 39,6% em maio o porcentual dos que conhecem ou ficaram sabendo de alguém que perdeu emprego por causa da crise. Por outro lado, caiu de 44,8% para 39,1% a parcela dos que afirmavam ter receio de perder o seu próprio emprego. Além disso subiu de 40,1% para 50,4% o total dos que acreditam que o Brasil está lidando adequadamente com a crise. Mesmo assim, a maior parte dos entrevistados, 55,3%, avalia que o Brasil continua na crise, contra 35,9% que acham que o País está saindo da turbulência.
O levantamento também fez perguntas sobre a situação atual e futura de variáveis como emprego e renda. Para 32,3% dos entrevistados, apesar de a percepção negativa ainda ser forte, houve uma melhora na avaliação dessas duas variáveis dos últimos seis meses quanto dos próximos seis meses. Ao serem questionados sobre como está a situação do emprego nos seis meses passados, 32,3% disseram que melhorou, contra 20,9% que faziam essa mesma leitura em março. A taxa dos que dizem que piorou o emprego nos últimos seis meses caiu de 54,5% para 43,1%. Com relação à situação da renda nos seis meses anteriores, a avaliação de que houve aumento subiu de 24,6% em março para 28,7% em maio.
Quanto ao futuro, 56,4% disseram, em maio, que o emprego vai melhorar nos próximos seis meses. Em março, 48,8% haviam feito esse prognóstico. Para a renda, o porcentual dos que acreditam em aumento nos próximos seis meses cresceu de 49,2% para 53,4%. Com isso, o chamado Índice do Cidadão, que mede a avaliação atual do País, subiu de 41,18 pontos em março para 45,84 pontos em maio. O índice que mede as expectativas gerais para o futuro subiu de 65,90 pontos para 69,93 pontos.