Jornal Correio Braziliense

Economia

Após pedido de concordata, GM identifica unidades para fechar nos EUA

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Após oficializar o pedido de concordata nos Estados Unidos, a GM (General Motors) identificou as nove fábricas que fecharão no país nos próximos meses e as outras três que estão ociosas para cortar custos trabalhistas, como parte de sua reorganização. Seis plantas estão em Michigan, que foi duramente atingido pelo corte de empregos na indústria automotiva. A planta de montagem em Wilmington (Delaware) será encerrada em julho, seguida pela planta de picapes da Pontiac, em outubro. As unidades de montagem as localizadas em Orion (Michigan), e Spring Hill (Tennessee) fecharão de forma temporária, à espera de que o aumento da demanda permita sua reabertura. Uma dessas plantas pode ser utilizada na produção de um veículo compacto que a GM previa produzir na China. Na mesma situação ficará a unidade de pintura da Pontiac, também em Michigan, cujo fechamento temporário está previsto para dezembro de 2010. Por outro lado, a General Motors também advertiu que os fechamentos podem acelerar, "dependendo da demanda do mercado". Cinco plantas, de motores e transmissão, vão fechar em dezembro de 2010. Elas estão em Livonia, Flint e Ypsilanti Township, em Michigan; Parma (Ohio), e Fredericksburg (Virginia). Unidades de pintura em Indianápolis e Mansfield, em Ohio, também encerrar a atividade no início do próximo ano. Além disso, uma planta de motores in Massena (Nova York) fechou em maio e a unidade de Gand Rapidis (Michigan) finaliza as atividades neste mês. A GM também disse que, em 31 de dezembro deste ano, fechará três centros de distribuição de peças em Boston (Massachusetts), Jacksonville (Flórida) e Columbus (Ohio) A empresa também confirmou que fabricará nos Estados Unidos um automóvel de tamanho reduzido em uma das duas unidades de montagem que fechará temporariamente. Essa fábrica terá capacidade para produzir 160 mil veículos ao ano. No entanto, a montadora não especificou quando espera iniciar a produção desse novo veículo. Concordata Um mês depois da Chrysler, a GM recorreu nesta segunda-feira à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa, assim, está sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O pedido da GM por proteção é o terceiro maior da história dos Estados Unidos, sendo o maior já feito pela indústria manufatureira do país. O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas --enquanto isso, a empresa opera normalmente. No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12,5% de participação acionária. O sindicato UAW (United Auto Workers) terá 17,5% dos títulos.