Jornal Correio Braziliense

Economia

General Motors pede concordata

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A montadora americana General Motors recorreu nesta segunda-feira à concordata no Tribunal de Falências de Nova York, segundo um documento divulgado pelo tribunal. A empresa, assim, estará sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas. Segundo o jornal "The Wall Street Journal", o executivo Al Koch, 67, especialista em reestruturação de empresas, vai conduzir o processo. No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12% de participação acionária. Neste fim de semana, os credores da GM aceitaram trocar US$ 27 bilhões das dívidas da companhia por participação na "nova GM", com possibilidade para comprar até 15% dos ativos futuramente. Após a reestruturação, o Tesouro dos EUA deve surgir como principal detentor da futura companhia, com 72,5% de participação acionária, seguido pelo sindicato UAW (United Auto Workers), com 17,5% dos títulos. No processo de reestruturação, a empresa já anunciou que vai fechar ao menos 13 fábricas, demitir 21 mil funcionários e se desfazer de até 2.400 mil concessionárias nos EUA, além de vender quase a metade de suas marcas. Então entre os cortes marcas como Opel, Saab, Hummer, Saturn e Pontiac. Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC ficam com a GM. Segundo a filial brasileira da GM, a crise na matriz não afeta seus negócios. Apesar disso, uma reunião deve ser realizada para detalhar os passos da empresa no mercado nacional. Koch, um dos diretores da consultoria AlixPartners e especialista em reestruturar empresas, supervisionará a divisão da montadora em duas partes - a "Nova GM", controlada majoritariamente pelo governo, e uma outra companhia.