Os economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa semanal Focus aumentaram a previsão para a desaceleração da economia em 2009.
A expectativa para a queda do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) passou de 0,53% para 0,73%. Em maio, o governo também revisou para baixo a expectativa, nesse caso, de um crescimento de 2% para 1%.
Houve piora também na previsão para a desaceleração da indústria, de 4,26% para 4,50%.
Juros
Em relação à taxa básica de juros, foi mantida a previsão de que a Selic deva chegar a 9% ao ano até o final de 2009. Para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), no início de junho, foi mantida a expectativa de uma redução dos juros dos atuais 10,25% para 9,50% ao ano.
A estimativa para o dólar no fim deste ano passou de R$ 2,10 para R$ 2,04. Foram mantidas as previsões para o superávit da balança comercial (US$ 20 bilhões), para o déficit nas transações correntes (US$ 17,55 bilhões) e para a relação dívida/PIB (39%).
Para os investimentos estrangeiros diretos, passou de US$ 22,9 bilhões para US$ 23 bilhões.
Inflação
A maioria das previsões de inflação também mudou em relação à pesquisa da semana passada. A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) caiu de 1,90% para 1,82%; o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) recuou de 1,69% para 1,47%.
Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, a previsão ficou em 4,33%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta). O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica) também ficou em 4,33%.