O investidor opta por vender e colocar no bolso a valorização das ações registrada num mês em que o "termômetro" do mercado acusa alta de 12%. As Bolsas americanas operam de maneira volátil, em meio à divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA e a complexa situação da General Motors. A taxa de câmbio recua para R$ 1,97, a menor cotação desde o final de setembro do ano passado.
O Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, desvaloriza 0,58% e bate os 52.733 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,11 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem leve baixa de 0,06%.
A Bolsa informou que o saldo de investimento estrangeiro alcançou a marca dos R$ 10,176 bilhões nos cinco meses deste ano, considerando os negócios fechados até o pregão de terça-feira. Analistas atribuem a disparada no valor das ações justamente ao fluxo de dólares para o mercado doméstico, onde os investidores estrangeiros respondem por 35% do giro financeiro mensal.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,973, em um recuo de 1,84% sobre a cotação de ontem. A taxa de marca 292 pontos, número 2,45% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional sofreu contração de 5,7% no primeiro trimestre deste ano. Em sua estimativa anterior, o decréscimo havia sido muito pior: 6,1%. O número divulgado hoje, no entanto, foi um pouco pior do que o consenso de economistas do setor financeiro, que projetavam uma retração de 5,5%.
Ainda nos EUA, pesquisa da Universidade de Michigan aponta que o consumidor americano está tão confiante na economia local como em setembro, mês em que começaram as turbulências do mercado financeiro. "Comparando com a situação econômica de seis meses atrás, os consumidores retomaram um bom nível de esperança no país", afirmou Richard Curtin, diretor da pesquisa.
No front doméstico, a FGV (Fundação Getulio Vargas) informou que o empresário do setor industrial está uma pouco mais confiante na economia de abril para maio. O ICI (Índice de Confiança da Indústria) cresceu 6% em maio, ao passar de 84,5 para 89,6 pontos (dados com ajuste sazonal). Trata-se do quinto mês consecutivo de alta.