Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas dos EUA têm sessão cambaleante e ações da GM caem abaixo de US$ 1

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As bolsas americanas mantêm a trajetória titubeante no início da tarde desta sexta-feira (29/5), com os investidores buscando um ponto em comum entre os dados econômicos. As ações da GM (General Motors) caíram baixo de US$ 1, pela primeira vez em 76 anos, com a aproximação do prazo final da reestruturação imposta pelo governo e a cada vez mais próxima concordata. Às 13h38 (horário de Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) registrava leve queda de 0,10% para o Dow Jones Industrial Average, aos 8.395,60 pontos, enquanto o S 500 marcava alta de 0,02%, aos 907,01 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite caia 0,32%, para 1.746,18 pontos. Os títulos da GM perderam cerca de de 22% ao cair para US$ 87 na manhã desta sexta-feira. Esta foi a menor cotação desde 18 de abril de 1933, de acordo com a Universidade de Chicago. A queda ocorre justamente às vésperas do prazo final estabelecido para a reestruturação da companhia, em 1° de junho. A perspectiva de a montadora norte-americana recorrer à ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). Segundo a agência de notícias Reuters, a GM deve fechar hoje o acordo final de venda de sua subsidiária alemã, a Opel, para a fabricante de autopeças austro-canadense Magna. As negociações, que ocorrem na Alemanha, envolvem também o governo de Angela Merkel. Em uma reunião na manhã de hoje, um acordo preliminar já foi acertado. Entre os indicadores aguardados para esta sexta-feira, o governo americano revisou para melhor seu cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao primeiro trimestre deste ano: em vez de uma retração de 6,1%, a nova estimativa aponta para uma queda de 5,7%, principalmente por causa de um aumento no consumo das famílias americanas. O resultado de hoje ainda não é número final e deve sofrer uma última reavaliação em junho, mas reforça o que alguns indicadores vêm mostrando: a melhora, em caráter ainda bastante inicial, da maior economia do planeta. O índice de confiança do consumidor americano encerrou maio no maior nível em oito meses, mostra pesquisa elaborada pela Universidade de Michigan. O indicador, que já apresentava uma melhora na prévia registrada há duas semanas, ficou em 68,7 pontos neste mês, contra 65,1 pontos em abril. Com isso, o indicador chegou ao seu ponto mais alto desde setembro do ano passado, quando se agravou a crise financeira global devido à quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. O número superou as previsões dos analistas, que projetavam uma alta até 68 pontos no indicador. A confiança medida pela Universidade de Michigan é um dado importante porque serve como um termômetro da retomada do consumo nos EUA --que representa 70% da atividade econômica americana. Nesta semana, o instituto privado Conference Board mostrou dados bastante semelhantes sobre o indicador. Também foi conhecido hoje o desempenho da atividade da indústria na região de Chicago, que acentuou o movimento de queda em maio. Segundo o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês), o índice ficou em 34,9 pontos em maio contra 40,1 pontos em abril. Os analistas previam um aumento até 42 pontos. Abaixo de 50 pontos, o indicador aponta contração da atividade.