Cabo Verde vai relançar a cultura da banana e diversificar a produção agrícola na Ilha de Santiago, depois de a União Europeia ter se comprometido a apoiar um projeto nesse segmento avaliado em 500 mil euros (R$ 1,39 milhão).
O financiamento, acrescido de 100 mil euros (R$ 279 mil) avançados pelo governo cabo-verdiano, vai permitir a introdução de culturas in vitro e apostar nas novas tecnologias de irrigação para lutar contra a praga da bananeira, disse o ministro cabo-verdiano do Meio Ambiente, José Maria Veiga.
A cultura da banana em Cabo Verde, fruto que já foi essencial na dieta alimentar local, tem enfrentado graves problemas nos últimos anos, principalmente devido às sucessivas pragas, à falta de água para irrigação e à degradação ambiental.
O projeto terá início em junho, no interior da ilha de Santiago, sendo Santa Cruz a região que servirá de embrião para as cerca de 41 mil plantas de bananeiras importadas para a experiência, a realizar num terreno de aproximadamente 15 hectares. José Maria Veiga disse que trata de um projeto que irá permitir um trabalho de fundo com os agricultores com a introdução de um pacote tecnológico, onde a tarefa de capacitação e sensibilização serão essenciais para obter sucesso.
Projeto
O chefe da delegação da Comissão Europeia em Cabo Verde, Josep Coll, afirmou que o financiamento do projeto visa ajudar o arquipélago no combate às pragas da banana, sendo essa a razão da introdução de novas variedades da espécie, bem como de mangas e ananás. "Dentro da cooperação que temos com este ministério, pensamos na necessidade de se agir rápido, pois trata-se de um setor importante para a economia do país e de muitas famílias da Ilha de Santiago", disse Josep Coll.
Os trabalhos serão supervisionados pelo Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário e terão a duração de cinco anos.