A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou ao patamar dos 53 mil pontos com a forte alta registrada nesta quinta-feira (28/5). O cenário externo favorável ajudou a Bolsa paulista aos níveies de setembro de 2008 e a zerar as perdas acumuladas desde o início da pior fase da crise mundial.
Investidores comemoraram os números da economia americana e foram às compras. A taxa de câmbio retraiu para R$ 2, o menor preço desde 1° de outubro de 2008, no quinto dia de baixa.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, disparou 2,41% no fechamento, alcançando os 53.040 pontos. A valorização mensal chega a 12,2%. O giro financeiro é de R$ 4,86 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 1,25%.
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,009, em declínio de 0,29%. A taxa de risco-país marca 285 pontos, número 1,42% acima da pontuação anterior.
EUA
Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que as encomendas por bens duráveis tiveram aumento de 1,9% em abril, um desempenho muito superior ao projetado (0,4%) pela maioria dos economistas do setor financeiro.
Ainda nos EUA, o Departamento do Trabalho revelou que os pedidos iniciais pelo benefício do seguro-desemprego caíram para um total de 623 mil solicitações até semana passada. A demanda ficou abaixo do esperado pelo mercado: bancos e corretoras esperavam uma cifra na casa dos 635 mil. Um indicador furou a sequência de boas notícias: as vendas de casas novas cresceram apenas 0,3% em abril.
A montadora General Motors, em sua luta para evitar uma concordata, comunicou que seus credores finalmente aceitaram um acordo para a troca de dívida por ações.
Os credores eram a última etapa da negociação da GM para evitar concordata. A empresa já anunciou o fechamento de fábricas, demissão de funcionários, venda de marcas e acordos para reorganizar seus mercados.
Front doméstico
No front doméstico, o Banco Central declarou que a economia feita pelo governo (superávit primário) foi de R$ 33,403 bilhões no primeiro quadrimestre, praticamente a metade do superávit registrado em idêntico período de 2008.
E a inflação surpreendeu os economistas, que esperavam uma variação em torno de 0,10% no caso do IGP-M de maio. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), no entanto, calculou uma deflação de 0,07%. No ano, o índice acumula queda de 1,14% e, nos últimos 12 meses, o indicador acumulou alta de 3,64%.