Jornal Correio Braziliense

Economia

Vendas de porta em porta têm alta de 18% no primeiro trimestre

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O setor de vendas diretas, aquelas feitas de porta em porta, parece não sofrer os efeitos da crise financeira internacional e se mantém em alta. No primeiro trimestre de 2009, com um volume de negócios de R$ 4,4 bilhões, a atividade registrou expansão de 18% sobre o mesmo período do ano anterior. Descontada a inflação do período, o crescimento real obtido foi de 11,9%. Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (Abved). O contingente de revendedores ativos também cresceu na mesma comparação. No primeiro trimestre de 2009, cerca de 2,096 milhões de revendedores exerceram vendas pelo canal, ou 13,8% mais que há um ano. De acordo com a ABEVD, o número de revendedoras nos cadastros das empresas aumentou 11,7% em relação ao primeiro trimestre de 2008. Para Lírio Cipriani, presidente da ABEVD, o setor está vencendo as adversidades. "Os números superaram nossas expectativas, o que só reforça nossa tese de que os efeitos da crise devem nos afetar pouco, se afetarem. O número de revendedores cadastrados continua aumentando, o interesse das pessoas pela atividade está em alta. E isso já começa a refletir no faturamento do setor", afirmou. De acordo com a ABEVD, o nível de atividade dos revendedores cadastrados registrou um pequeno aumento, de 1,3 ponto percentual. Cada revendedor brasileiro comercializou uma média de 177 itens no primeiro trimestre de 2009, entre produtos e serviços, que apresentaram uma valorização de 6,9%. A entidade também compara seus resultados ao dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação ao comércio varejista, que aponta para uma expansão nominal de 3,8% no mesmo período. A atividade de vendas diretas é composta, em 88%, pela categoria de cuidados pessoais, 6% de suplementos nutricionais, 5% de cuidados do lar, e 1% de serviços e outros. Apesar de as vendas serem popularmente conhecidas como "de porta em porta", a ABEVD não aprova o uso do termo por entender que isso pode confundir a atividade com outras que envolvem mercadorias de origem desconhecida. A ABEVD atualmente conta com 46 associadas, entre elas Amway, Avon, Embelleze Style, Herbalife, Hermes, Natura, Tupperware, Vitaderm e Yakult Cosmetics.