Jornal Correio Braziliense

Economia

Inadimplência chega ao maior nível desde outubro de 2000

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A inadimplência subiu pelo quinto mês consecutivo em abril e chegou a 5,2% dos empréstimos do sistema bancário, segundo dados do Banco Central. É a taxa mais alta desde outubro de 2000 (5,3%). O aumento foi puxado pela inadimplência das empresas, que passou de 2,6% para 2,9% entre março e abril. Houve alta em todas as modalidades, com destaque para o desconto de promissória (de 3,3% para 4,3%). Para as pessoas físicas, a inadimplência caiu pela primeira vez depois de seis meses seguidos de alta e passou de 8,4% para 8,2% no mês passado, segundo dados do Banco Central. Apesar da queda geral, houve alta na inadimplência no crédito pessoal (de 5,8% para 5,9%), na aquisição de veículos (de 5,0% para 5,2%) e na aquisição de bens (de 14,2% para 14,9%). Crédito Os juros bancários recuaram em abril pelo quinto mês consecutivo. A taxa média geral, incluindo pessoa física e jurídica em todas as modalidades pesquisadas pelo BC, caiu de 39,2% para 38,6% ao ano. É menor taxa desde junho, quando estava em 38% ao ano. Parte da queda nos juros se deve à redução do "spread" bancário, a diferença entre a taxa de captação dos bancos e os juros cobrados nos empréstimos para os clientes. Segundo o BC, o "spread" caiu de 28,5 pontos percentuais para 28,2 pontos no mês passado. A taxa, porém, ainda está acima da registrada em setembro (26,4 p.p.), época do agravamento da crise. Cheque especial. Para o consumidor, os juros recuaram mais, de 50,1% para 48,8% ao ano, melhor resultado desde maio (47,4%). Para as empresas, os juros caíram de 28,9% para 28,8% ao ano (menor desde setembro). Houve queda nos juros ao consumidor em praticamente todas as modalidades verificadas pelo BC. O crédito pessoal caiu de 50,8% para 48,8% ao ano. No cheque especial, caiu 169,1% para 166,3% ao ano no mês passado. Na aquisição de veículos, no entanto, a taxa passou de 29,7% para 29,9% ao ano.