As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,028 nas últimas operações registradas nesta sexta-feira (22/05). O valor representa um decréscimo de 0,44% sobre a cotação de ontem. Na semana, os preços da moeda americana recuaram 3,89%. No mês, a desvalorização chega a 7%.
Na praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,150, em um declínio de 0,46%.
Profissionais de mercado apontam para a ocorrência de operações de "carry trade", no jargão do mercado: investidores externos captam recursos a custo menor e aplicam no país para aproveitar a diferença entre os juros das economias desenvolvidas (próximo de zero) e os juros brasileiros (na casa dos dois dígitos).
Seguindo a rotina das últimas semanas, o Banco Central promoveu seu habitual leilão de compra de moeda, entre 15h22 e 12h32, aceitando ofertas por R$ 2,0313 (taxa de corte).
Juros futuros
O mercado futuro de juros da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM) ajustou para cima as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo. A variação do IPCA-15 em maio surpreendeu os economistas: a taxa de 0,59% ficou bem acima das projeções, que oscilaram entre 0,44% e 0,52%.
O economista da Nobel Asset Management, Paulo Val, apontou quatro "culpados" pela oscilação brusca do índice: o reajuste dos cigarros, o encarecimento dos remédios, a elevação sazonal dos preços de roupas e a inflação dos serviços pessoas. "O aumento nos valores destes quatro componentes representou um impacto de 0,39% no índice", avaliou.
No contrato que projeta as taxas para janeiro do ano que vem, a taxa prevista subiu de 9,33% ao ano para 9,34%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 9,86% para 9,88%.