O Ministério do Planejamento reduziu de 2% para 1% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009. Segundo nota divulgada nesta quarta-feira pelo ministério, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano teve a previsão reduzida de 4,5% para 4,3%, ligeiramente abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Segundo a nota, o ministério também irá liberar R$ 9,1 bilhões. Desse total, R$ 6 bilhões serão destinados ao programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", e R$ 3 bilhões a despesas obrigatórias dos ministérios. Essa liberação foi possível, segundo o governo, com a redução da meta de superávit primário de 2009, de 2,2% para 1,4% do PIB para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social).
O relatório de receitas e despesas do segundo bimestre também prevê a redução de R$ 9,3 bilhões na arrecadação anual em relação à última previsão feita em março. Segundo o Ministério do Planejamento, a queda foi generalizada em todos os tributos. Contudo o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) teve maior recuo devido às medidas de desoneração para incentivar a atividade econômica. O Ministério do Planejamento destaca que a programação de despesas para o ano teve uma elevação em razão não só do programa habitacional, mas da liberação de R$ 1 bilhão para os municípios.
O ministério informou que houve uma nova estimativa para os gastos sociais, benefícios previdenciários, seguro-desemprego, abono salarial, benefícios assistenciais da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), e da liberação de crédito extraordinário para o Ministério da Integração Nacional.