Jornal Correio Braziliense

Economia

Fusão Perdigão-Sadia: dirigentes dizem que não haverá demissões

;

Dirigentes da Sadia e da Perdigão afirmam que não há previsão de demissões na operação de fusão entre as duas empresas do ramo de alimentos, que foi anunciada nesta terça-feira (19/05). Conforme estimativa das duas companhias, a empresa resultante, Brasil Foods,deverá ser a maior empregadora privada no Brasil, com mais de 100 mil funcionários. Segundo o presidente da Sadia, que será copresidente da Brasil Foods, Luís Fernando Furlan, não haverá fechamento de fábricas e espera-se um aumento da demanda e, por consequência, da produção, devido aos esforços combinados das duas companhias para ampliação dos negócios. ;Nós estamos fazendo essa associação para aumentar o número de empregos;, afirmou Furlan. Em relação aos consumidores, tanto a Sadia quanto a Perdigão garantem que não ocorrerão mudanças e que serão mantidas todas as marcas e produtos oferecidos atualmente. Apesar da otimização dos meios de produção e da logística resultantes da fusão, não há indicação de redução de preços para o consumidor. De acordo com o presidente da Perdigão e copresidente da nova empresa, Nildemar Sanches, o principal motivo de não haver diminuição nos custos é o fato de as empresas serem apenas ;uma parte da cadeia produtiva;, que envolve também os distribuidores, atacadistas e vendedores do varejo. Quanto a uma possível concentração de mercado, Sanches admitiu que a Brasil Foods terá uma ;fatia significativa; de vários segmentos do setor de alimentação, mas ressaltou que ainda não se conhecem as dimensões da parcela de mercado referente à nova empresa. Sanches destacou que uma parte significativa da atuação das companhas é no exterior: ;Metade do nosso faturamento vem de fora do Brasil.;