O britânico Lloyds Banking Group, parcialmente nacionalizado, vai demitir 625 trabalhadores como consequência da reorganização de seu negócio de bancos corporativo.
Segundo indicou nesta terça-feira (19/05) o diretor de operações dessa divisão no Reino Unido, Philip Grant, o objetivo é concentrar todas as operações orientadas a empresas em uma só divisão, "capaz de liderar o mercado".
Na confederação sindical britânica Trade Union Congress (TUC) se criticou com dureza o anúncio e se qualificou de "inaceitável" a estratégia do Lloyds, que "anuncia semana após semana a perda de centenas de postos de trabalho, deixando os demais com a incerteza de não saber se serão os próximos".
No entanto, o Lloyds defende que a reorganização da divisão de bancos atacadistas poderia exigir a criação de 300 novos postos de trabalho, o que compensaria uma parte das demissões.
Além disso, reiterou sua vontade de que as demissões sejam voluntárias "sempre que possível".
Os sindicatos, por sua vez, pediram à entidade que "torne públicos seus planos de futuro" e que sente para discutir com eles o futuro da força de trabalho da empresa.
Segundo os dados do TUC, a crise financeira provocou no Reino Unido a perda de 20 mil postos de trabalho no setor nos quatro primeiros meses do ano, dos quais 2.500 aconteceram no Lloyds Banking Group.
A entidade enfrenta uma difícil situação econômica após, no ano passado, resgatar o Halifax Bank of Scotland (HBOS), que obteve em 2008 perdas de 11 bilhões de libras (US$ 17 bilhões).
A aquisição, qualificada pelos analistas de "desastrosa", o obrigou a pedir ajuda ao governo, com quem negocia agora a inclusão de ativos tóxicos no valor de 260 bilhões de libras (US$ 403 bilhões).