Jornal Correio Braziliense

Economia

China pode elevar crédito à Petrobras para US$ 15 bi

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O valor do financiamento do Banco de Desenvolvimento da China, a versão local do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a Petrobras explorar a camada do pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, poderá subir de US$ 10 bilhões para US$ 15 bilhões caso os dois lados cheguem a um acordo sobre a forma de pagamento do empréstimo. O presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli, chega a Pequim amanhã e na segunda-feira (dia 18) se reúne com representantes da instituição chinesa para acertar os últimos detalhes do contrato para que ele possa ser anunciado na terça-feira (dia 19) pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao. Por enquanto, nem mesmo a forma de pagamento dos US$ 10 bilhões divulgados em meados de fevereiro está totalmente acordada. O negócio foi anunciado durante visita ao Brasil do vice-presidente chinês Xi Jinping, apontado como provável sucessor de Hu Jintao em 2012. Os chineses querem da Petrobras o compromisso de entrega física de um número determinado de barris de petróleo em um prazo definido, independentemente da cotação internacional do produto em cada momento. A petrolífera estatal, por sua vez, quer entregar barris de petróleo ou o equivalente em dinheiro, caso a cotação esteja muito acima do que foi previsto no contrato. Segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China tenta garantir o suprimento do produto em momento de queda dos preços internacionais e está intransigente na defesa da entrega da matéria-prima (commodity). Em meados do ano passado, o barril chegou a US$ 150, quase três vezes mais que os US$ 58 de ontem. A China importa metade do petróleo que consome e a previsão de analistas é que a dependência externa chegue a 70% em poucos anos. Diante desse cenário, Pequim vai em busca de contratos que garantam o fornecimento do produto.