O Tesouro dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira (13/05) um plano para regular a negociação de derivativos de complexos, como os que deram origem à atual crise financeira, e que prevê a criação de câmaras de compensação.
A nova regulamentação busca prevenir o tipo de caos financeiro que ocorreu após o colapso das grandes empresas que negociavam com derivativos, Lehman Brothers e a seguradora AIG, no ano passado.
As normas propostas pelo Tesouro exigem disponibilidade de capital por parte das empresas que vendem derivativos e que estes sejam negociados por intermédio de entidades reguladas.
Trilhões de dólares em derivativos são negociados diariamente e entre os mais polêmicos estão os credit default swaps (CDSs), que são uma espécie de seguro contra a depreciação de algumas obrigações.
O sistema financeiro foi severamente abalado no ano passado quando AIG e Lehman Brothers ficaram à beira da falência por causa de derivativos sobre empréstimos hipotecários que possuíam.
Em seu comunicado, o Tesouro destaca que os novos esforços regulatórios visam a enfrentar "brechas críticas e debilidades do nosso sistema financeiro".
As agências de avaliação de risco e os reguladores "não entenderam ou não enfrentaram adequadamente" os riscos sobre os produtos derivativos até que ocorressem "perdas catastróficas", que abalaram o sistema.
As novas regras buscam "dar maior transparência e a regulação necessária a estes mercados", destacou o Tesouro, que trabalhará com as autoridades de outros países para "a implementação de medidas similares em todo o mundo".