O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou uma redução expressiva do custo dos empréstimos do banco em reunião do grupo de acompanhamento da crise, que ocorre em Brasília hoje com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O anúncio foi feito logo depois de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter anunciado um corte nas taxas de juros cobradas pelos R$ 100 bilhões que a União repassou ao BNDES. A União cobrava os 6,25% mais uma taxa fixa de 2,5% ao ano. O governo baixou os 2,5% para 1%.
Essa taxa cobrada pela União era considerada elevada pelos empresários, principalmente depois da queda da Selic. O próprio presidente do BNDES tinha pedido ao governo a redução dessa taxa fixa para incentivar uma maior procura pelos financiamentos do banco.
O BNDES indicou no início do ano uma redução das consultas de financiamentos.
Em janeiro, o governo liberou recursos adicionais para o BNDES no valor de R$ 100 bilhões para os anos de 2009 e 2010 e, assim, aumentou o crédito disponível para as empresas brasileira. O banco tem sido um dos grandes instrumentos do governo para enfrentar a crise financeira e a falta de financiamentos. Esse dinheiro tem origem do caixa do governo e das captações feitas no exterior pelo Tesouro Nacional, sendo sacado pelo BNDES conforme necessário.