As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,106, em um avanço de 1,83% sobre a cotação de ontem. Nas praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,230, em alta de 1,82%.
Contrariando as expectativas, o Banco Central voltou a intervir no mercado de câmbio e promoveu um leilão de compra entre 15h05 (hora de Brasília) e 15h15, aceitando ofertas por R$ 2,1075 (taxa de corte). Como os preços da moeda americana mostraram recuperação desde a abertura, analistas esperavam que o BC se mantivesse à parte dos negócios hoje.
Profissionais das corretoras de valores não notaram quaisquer grandes saídas de recursos que justificassem a forte alta dos preços da moeda americana na jornada de hoje. E apontaram operações na BM (Bolsa de Mercadorias & Futuros) como um motivos que puxaram as cotações, aproveitando um dia de maior nervosismo nos mercados mundiais.
"Acho que muitas das pessoas que falavam em dólar a R$ 1,90 na semana passada, provavelmente hoje já tem uma opinião diferente. A taxa de R$ 2,00 parece ser um patamar psicológico muito difícil de romper. Além disso, o Banco Central voltou a atuar de uma forma que a gente não via há alguns meses, mostrando, na minha opinião, que o governo está preocupado com a questão dos exportadores", comenta Luiz Fernando Moreira, profissional da mesa de operações da corretora Dascam. "Acho que dólar a R$ 1,90 vai ser algo difícil de ver, pelo menos no curto prazo".