A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) a continua a registrar fortes perdas nas operações desta quarta-feira (13/5). O investidor mantém a opção de vender as ações que valorizam demais nas últimas semanas, num dia repleto de indicadores negativos das principais economias. A euforia vista nos pregões anteriores passa por revisão, dizem analistas. Em um ambiente de maior nervosismo, a taxa de câmbio marca R$ 2,10.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retrai 3,70% e desce para os 48.461 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,21 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sofre perdas de 2,31%.
O dólar comercial é negociado por R$ 2,109, em uma alta de 1,98% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 341 pontos, número 5,24% acima da pontuação anterior.
O governo anunciou que pretende tributar as cadernetas de poupança com saldo acima de R$ 50 mil, caso a taxa básica de juros esteja abaixo de 10,5% ao ano. O governo também informou que vai reduzir o IR de fundos de investimentos em 2009.
Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que as vendas do setor varejista caíram 0,4% em abril, sucedendo uma retração de 1,3% em março. Economistas do setor financeiro esperavam estabilidade.
Ainda nos EUA, a consultoria RealtyTrac revelou que o número de pessoas que receberam ao menos uma notificação de despejo cresceu 32% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A produção industrial na zona do euro teve queda de 2% em março, segundo a Eurostat (órgão de estatísticas da UE). A retração foi ainda pior que o esperado por analistas, que projetavam declínio de 1%, no máximo.
O mercado ainda deve repercutir, nas próximas horas, os dados sobre o fluxo cambial, no Brasil, e sobre os estoques de petróleo e derivados, nos EUA.
Empresas
A construtora Cyrela registrou lucro líquido de R$ 100,5 milhões no primeiro trimestre de 2009, com avanço de 46,6% sobre os R$ 68,5 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.