Os investidores derrubam a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) pelo terceiro pregão consecutivo, nesta quarta-feira, sem resistir aos indicadores ainda ruins da economia americana e europeia. Analistas avaliam que, após dois meses de ganhos acumulados, a Bolsa deve passar por vários dias de "realização de lucros" (venda de ações que subiram rápido). A taxa de câmbio bate R$ 2,10.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, recua 2,91% e bate os 48.859 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,77 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 1,69%.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,103, em alta de 1,64% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 338 pontos, número 4,32% acima da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que as vendas do setor varejista caíram 0,4% em abril, sucedendo uma retração de 1,3% em março. Economistas do setor financeiro esperavam estabilidade. Ainda nos EUA, a consultoria RealtyTrac revelou que o número de pessoas que receberam ao menos uma notificação de despejo nos Estados Unidos cresceu 32% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A produção industrial na zona do euro teve queda de 2% em março, segundo a Eurostat (órgão de estatísticas da UE). A retração foi ainda pior que o esperado por analistas, que projetavam declínio de 1%, no máximo. O mercado ainda deve repercutir, nas próximas horas, os dados sobre o fluxo cambial, no Brasil, e sobre os estoques de petróleo e derivados, nos EUA.
Empresas
A construtora Cyrela registrou lucro líquido de R$ 100,5 milhões no primeiro trimestre de 2009, com avanço de 46,6% sobre os R$ 68,5 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.