A agência de classificação de risco Fitch Ratings confirmou o "rating" (nota de risco de crédito) do Brasil em "BBB-", dentro da categoria de "grau de investimento", reservada para países ou empresas com menor possibilidade de calote de seus compromissos financeiros.
A "perspectiva" para o "rating" brasileiro é "estável", o que significa, pela metodologia da Fitch, que em sua próxima revisão, há maior possibilidade de que a "nota de risco" nacional seja mantida.
"Embora a Fitch Ratings estime que a contração do PIB (Produto Interno Bruto) real do Brasil ultrapasse 1%, um aumento na flexibilidade da política monetária, uma relativamente forte sistema financeiro, e um grande mercado doméstico sugerem que a economia do Brasil estará bem posicionada para recuperar assim que as condições financeiras externas melhorarem", afirmou Shelly Shetty, diretora sênior de ratings soberanos da agência.
A Fitch justificou a manutenção do Brasil como país "grau de investimento" devido às "sólidas" contas externas do país, à defesa da estabilidade macroeconômica e um consenso político em torno das políticas econômicas adotadas. "A resposta à crise financeira global até o momento tem sido relativamente sadia", acrescenta a equipe de analistas da agência.
Por outro lado, os analistas da Fitch ponderam que a evolução do "rating" brasileiro continua limitado por "um pesada dívida governamental, uma contínua fraqueza estrutural das finanças públicas, e um relativamente modesto crescimento e um ritmo estagnado de reformas".
A Fitch ressaltou que o país tem resistido bem à recessão global, salientando o tamanho da reservas internacionais, mas teme que a continuidade da crise exponha as fraquezas da economia brasileira.