O secretário-executivo do MME (Ministério de Minas e Energia), Marcio Zimmermann, disse nesta sexta-feira que a transferência de energia para o Sul, aliada à geração de usinas termelétricas, já é suficiente para poupar o nível dos reservatórios da região, que passa por um período de seca.
Ele lembrou que os rios do Sul apresentam o pior nível de afluência da história e que o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) vem adotando medidas, a pedido do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), para manter os reservatórios da região com pelo menos 40% da capacidade preenchida.
"O que está sendo direcionado ao Sul está sendo suficiente para manter intacto o atual nível dos reservatórios", afirmou Zimmermann, que esteve no leilão de linhas de transmissão, no Rio.
Ontem, os reservatórios do Sul tinham 37,12% da capacidade ocupada. No início da semana, essa proporção passava dos 38%.
O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Mauricio Tolmasquim, destacou que a transmissão média da região Sudeste para a Sul é de 5.300 MW (megawatts), mas que em alguns momentos, essa transferência totaliza 6.000 MW.
"Os 5.300 MW são uma média do que é passado para o Sul. Em momentos de pico, chega-se até a 6.000 MW. Mas nos fins de semana, por exemplo, fica até abaixo dessa média", observou.
Tolmasquim ressaltou que construção de novas linhas de transmissão no Sul vai proporcionar o aumento da capacidade de transferência de energia para a região. Ele acrescentou que a construção de novas linhas na região Norte resultará numa economia de até R$ 140 milhões por ano, com o desligamento de térmicas naquela área.