Jornal Correio Braziliense

Economia

Venda de material de construção cresce 25% após redução de IPI

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A venda de materiais de construção incluídos no pacote de desoneração do governo cresceu 25% em abril deste ano, primeiro mês de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), segundo dados da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção). A entidade afirmou que a venda geral de materiais cresceu 4,5% em abril deste ano, na comparação com o mesmo período de 2008. A expansão, no entanto, poderia ser maior se não fosssem os feriados do mês. O aumento nas vendas ocorre após o setor acumular queda de 12% nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2008. Em março, o varejo de material de construção apresentou leve recuperação, com crescimento de 1,5% sobre março de 2008. "Sem dúvida, este número [de março] só não foi maior porque os consumidores estavam na expectativa do eventual anúncio sobre redução dos impostos (IPI), que vinha sendo noticiado constantemente e que acabou acontecendo no dia 30 de março", afirmou Cláudio Conz, presidente da Anamaco. "Este represamento fez crescer nossas vendas dos produtos incluídos no pacote de desoneração em 25% durante o mês de abril, forçado pelos consumidores que estavam adiando suas compras, mas também influenciando aqueles que pretendem reformar, já que a medida, inicialmente, vale para abril, maio e junho", disse. Segundo o presidente da Anamaco, o mês de abril foi muito prejudicado pelos feriados. "Como maio não terá a influência destes feriados, é de se esperar um crescimento perto de 8% comparativo com o mesmo período de 2008. Quando analisamos dias úteis, no mês de abril estávamos crescendo a esta média", afirmou. Os dados da Anamaco demonstram que os primeiros quatro meses do ano ainda não conseguiram recuperar as perdas do primeiro bimestre de 2009. "No acumulado do ano, estamos com um resultado próximo de zero, o que podemos considerar muito bom, pois viemos de um crescimento em 2008 de 9,5%", disse Conz. "Acreditamos que manteremos de maio a novembro uma média de crescimento de 8%, sempre comparando com o mesmo período de 2008, projetando um crescimento total para 2009 sobre 2008 de 5,5%", explica. Conz ainda ressaltou que diversas matérias-primas tiveram forte queda em seus preços, como o fio de cobre usado em iluminação e energia, que neste ano teve queda de 35%. "Somado a isso, tivemos as desonerações muito importantes no cimento, tintas, louças, metais e cerâmicas, que tem peso expressivo no faturamento do comércio. Crescer 5,5% após um crescimento de 9,5% em 2008, com estas considerações, pode ser considerado um ano de muito sucesso."