A montadora General Motors anunciou nesta quinta-feira (7/05) um prejuízo de US$ 6 bilhões no primeiro trimestre de 2009. O valor representa uma alta de 81% nas perdas da empresa, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Sob ameaça de concordata, a General Motors atribuiu as perdas à contínua desaceleração econômica global e à queda das vendas em todo o setor automotivo. A GM, a mais afetada pela crise nos Estados Unidos, tem até o dia 1° de junho para apresentar seu plano detalhado de reestruturação, em troca de mais ajuda para manter sua produção.
Nesta quinta, a empresa divulgou que sua receita recuou 47%, de US$ 42 bilhões nos três primeiros meses de 2008 para US$ 22,4 bilhões neste ano. Reportagem do jornal "The Wall Street Journal" cita que a montadora gastou, no período, US$ 10,2 bilhões a mais do que tinha em caixa.
Desde o final de 2008, a GM já recebeu US$ 15,4 bilhões em empréstimos. Com a entrega de seu plano de reestruturação, a empresa espera conseguir outros US$ 16,6 bilhões junto ao Departamento do Tesouro.
Entre as medidas já anunciadas de seu projeto de resgate, a GM planeja demitir 21 mil funcionários, fechar 13 fábricas nos EUA até o final de 2010 e se desfazer de até 1.200 concessionárias em todo o país.
Na semana passada, a maior montadora americana selou o fim da marca Pontiac - cuja produção deve ser encerrada até o próximo ano.
Caso as propostas não sejam consideradas viáveis pelas autoridades, a maior montadora americana poderá recorrer ao "Chapter 11" (o capítulo da legislação dos EUA para falências). Pela lei, recorrer ao capítulo 11 significa que a empresa reconheceu que não pode quitar suas dívidas e pode ter um prazo para reorganizar suas contas junto aos credores.