O diretor de exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse nesta quarta-feira (6/05) que as perfurações feitas em área do pré-sal "não surtiram os efeitos desejados". A área a que se referiu Estrella em entrevista realizada antes da posse do novo presidente da Petrobras Biocombustíveis, Miguel Rossetto, se trata do bloco BM-J-3, na Bacia de Jequitinhonha - costa do Estado da Bahia. O poço no local, batizado como Lua Nova, foi perfurado pela sonda Ocean Clipper (NS-21), da empresa Diamond. A perfuração atingiu a profundidade final de 4.618 metros, em lâmina d'água de 2.336 metros
"Não dá para dizer que o poço não deu em nada. Mesmo que um poço não seja descobridor, ele produz informações geológicas para complementar estudos sobre aquela área", disse, lembrando que a companhia já havia perfurado um poço na área em 2003 e este último agora desde 2008,. em parceria com sua sócia, a Statoil. "Não sei dizer em que estágio preciso estão os estudos para interpretação dos dados. Mas isso está sendo feito antes de voltarmos à área", comentou, destacando que o Jequitinhonha - que vinha sendo apontado por técnicos da Petrobras como sendo um novo polo potencial do pré-sal, "é ainda uma área de nova fronteira"
Arrematado na 4ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o BM-J-3 possui 927,93 km² e é a primeira área a ser perfurada pela estatal na bacia. A estatal vinha apostando na área, que, por suas estruturas geológicas, aparentava semelhança com o pré-sal de Santos, porém com potenciais reservas menores