O secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, qualificou nesta quarta-feira (6/05) de "inexplicável" e "exagerada" a decisão da Rússia e da China de bloquear as importações de carne suína e derivados em consequência da gripe suína --oficialmente denominada de gripe A (H1N1).
Apesar do nome, a gripe suína não apresenta risco de infecção por ingestão de carne de porco e derivados.
"Parece que estas medidas são exageradas, baseadas em uma percepção extrema dos fatos que não corresponde, pelo menos, ao que hoje conhecemos", disse o responsável da OCDE.
Após uma entrevista coletiva conjunta com o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), Jacques Diouf, Gurría disse que a OMS (Organização Mundial da Saúde) só recomendou "precaução".
Diouf disse que o DNA da gripe suína é "aviário, humano e suíno". "Até hoje, a transmissão (da gripe) é de ser humano para ser humano", sem episódios entre porcos, acrescentou Diouf, que disse que não se pode "descartar nada", mas que "não há provas" de que seja transmitida de homem a homem.