A queda de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas de um país) dos Estados Unidos no primeiro trimestre não é "totalmente surpreendente", disse nesta quarta-feira (29/04) o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs. Ele destacou, no entanto, a retomada nos gastos das famílias.
"Não foi totalmente surpreendente, tendo em vista a maneira como a economia se enfraqueceu, particularmente no início do trimestre", acrescentou.
Gibbs disse que os números indicam também uma recuperação das despesas feitas pelas famílias pela primeira vez em dois anos, "o que é, em geral, uma boa estatística".
Mas "vamos provavelmente constatar centenas de milhares de perdas de emprego durante um certo tempo", advertiu. Ele reconheceu ainda não saber se a economia americana chegou ou não ao seu ponto mais baixo.
Os gastos dos americanos com consumo, no entanto, tiveram uma contribuição positiva. O consumo de bens duráveis (com durabilidade mínima prevista de três anos) cresceu 9,4% no trimestre passado, contra uma queda de 22,1% um trimestre antes; o consumo de bens não duráveis (como alimentos e vestuário) cresceu 1,3%, contra queda de 9,4% um trimestre antes. Os gastos com serviços cresceram 1,5%, mesma variação vista no quarto trimestre de 2008.
Apesar da retração no índice geral, o aumento dos gastos dos consumidores é um sinal positivo. Os gastos com consumo são acompanhados com atenção por economistas e investidores nos EUA, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços de toda a atividade econômica do país.