As ações brasileiras valorizam nos negócios desta quarta-feira (29/04), em que os investidores acompanham o momento positivo das demais Bolsas de Valores. Os temores com a escalada mundial da gripe suína têm um dia de trégua, com alguns analistas comemorando uma melhora discreta da economia americana. A taxa de câmbio contrai para R$ 2,17.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valoriza 2,04% e atinge os 46.755 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,61 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,95%.
O dólar comercial é negociado por R$ 2,175, em um decréscimo de 0,91% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 373 pontos, número 3,11% abaixo da pontuação anterior.
Entre as primeiras notícias do dia, o governo americano informou que a economia dos EUA encolheu 6,1% no primeiro trimestre deste ano (taxa anualizada). Trata-se de uma primeira estimativa, que deve sofrer revisão nos próximos meses. De toda forma, o valor foi muito pior do que o esperado por boa parte dos analistas do setor financeiro, que previam contração de 4,7%.
Economistas ressaltaram, no entanto, a melhora no consumo das famílias, que cresceu 2,2% no trimestre, bem acima da maioria das projeções, que apontava incremento de 0,9%. O número ajudou a eclipsar o resultado desastroso do PIB americano e serve de combustível para a alta das Bolsas de Valores.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) anuncia às 15h15 (hora de Brasília) sua decisão de política monetária. Economistas de bancos e corretores esperam a manutenção da taxa atual (uma "banda" entre zero e 0,25% ao ano), mas com novidades sobre mais compras de títulos do Tesouro americano.
Algumas horas depois, será a vez do Banco Central brasileiro anunciar a nova taxa básica de juros do país, hoje em 11,25% ao ano. As projeções oscilam entre um ajuste para 10,25% (a maioria) e para 9,75%.
Ainda no front doméstico, a FGV revelou que o IGP-M, índice de preços usado para reajuste de aluguéis, apontou deflação de 0,15% em abril.