Jornal Correio Braziliense

Economia

Mercado registra dólar a R$ 2,222, alta de 1,36%, nas últimas operações

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O mercado de câmbio finalizou o expediente desta segunda-feira negociando o dólar comercial por R$ 2,222, o que representa um acréscimo de 1,36% sobre a cotação da semana passada. Na praça paulista, o dólar turismo foi trocado por R$ 2,360, um avanço de 1,28%. A gripe suína foi o estopim de uma nova jornada de tensão mundial nos mercados, atingindo primeiro as Bolsas asiáticas e se espalhando para os pregões europeus e americanos, sem exceção da brasileira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Investidores temeram pelos efeitos de uma possível pandemia em uma já combalida economia global, e os negócios com a moeda americana se ressentiram desse aumento da aversão ao risco. As cotações oscilaram entre R$ 2,191 e R$ 2,227. O Banco Central avisou que realiza ainda hoje uma consulta aos agentes financeiros para verificar a demanda por contratos de "swap" cambial, com propósito de renovar o estoque desses títulos que vencem no próximo dia 4. Houve muita especulação nas últimas semanas sobre o Banco Central procederia com os vencimentos de bilhões de dólares previstos para o início de maio. Caso a autoridade monetária optasse por ir à mercado para saldar seus compromissos, o mercado contava com uma forte pressão sobre o preço da moeda americana. A autoridade monetária deve divulgar os resultados dessa consulta após 18h30 (hora de Brasília). Juros futuros O mercado futuro de juros, que referencia as tesourarias dos bancos, rebaixou as taxas projetadas nos contratos de menor prazo mas elevou para os vencimentos mais longos. Há dois dias da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), boa parte dos economistas do setor financeiro projeta um ajuste da taxa Selic de 11,25% ao ano para 10,25%. No contrato que projeta as taxas para junho deste ano, a taxa prevista cedeu de 10,30% ao ano para 10,24%; no contrato para vencimento em janeiro de 2010, a taxa projetada caiu de 9,90% para 9,84%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,54% para 10,60%.